quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O papel do nutricionista na transmissão da ciência

O conhecimento científico advém de investigações cuidadosamente desenhadas e aplicadas de forma a dar respostas as mais diversas questões. Estas investigações são realizadas por profissionais qualificados, podendo ser estes ou os outros os transmissores da informação.
Cabe ao nutricionista estar devidamente actualizado no que diz respeito às ciências da nutrição, filtrando uma informação válida e de interesse. Depois de seleccionada, o nutricionista é responsável pela sua descodificação e simplificação, tentando transmiti-la da melhor forma.
A comunicação deve ser imparcial devendo dar-se especial atenção à linguagem (verbal e corporal) utilizada para o efeito. Contudo isto nem sempre é conseguido, influenciando o conteúdo da mensagem. Para informar de forma clara e correcta, o nutricionista deve ter em consideração o público alvo, permitindo que este seja capaz de compreender a informação e tomar decisões conscientes e autónomas.

Corrente funcionalista

Este anúncio exalta as propriedades antioxidantes da fruta.

Corrente funcionalista vs estruturalista

É notório que hoje em dia, a publicidade desempenha um papel fulcral na comunicação sobre alimentação. Com o objectivo de apelar ao consumo de determinado produto são utilizadas diversas abordagens ao consumidor.
Em comunicação co-existem duas correntes fundamentais: a funcionalista e a estruturalista.
Quando aplicada à nutrição, a corrente funcionalista debruça-se sobre as características e funções dos alimentos, destacando as propriedades do produto e, associando-as a efeitos benéficos para quem os consome.

Por outro lado, a corrente estruturalista centra-se sobre o aspecto social e/ou económico dos alimentos. Apela ao consumo destes, não pelos benefícios que estes podem trazer à saúde e bem-estar de cada um, mas sim pelo prazer que estes fornecem. Esta teoria procura associar os alimentos a momentos sociais e as aspectos como o sabor, a textura e as sensações que os mesmos provocam nos indivíduos.


Apesar de diferentes, estas duas correntes podem ser usadas conjuntamente para um resultado mais eficaz.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Porque comunicamos tanto sobre alimentação?

A comunicação é uma ferramenta de extrema importância na sociedade. O ser Humano vive em comunidade, segundo regras, valores e padrões que o distinguem de todos os outros seres. São actos como o da comunicação e a procura constante do saber que nos torna únicos. Deste modo, percebe-se a necessidade de comunicar sobre tudo o que nos rodeia.
Nunca antes a
alimentação assumiu um papel tão importante nas nossas vidas. Inicialmente, comer era só uma questão de sobrevivência, no entanto, hoje é sabido que a alimentação está directamente relacionada com factores sócio - económicos, biológicos e psicológicos.
A alimentação, representa a melhor forma de promoção da saúde, prevenção e tratamento de inúmeras doenças, é também criadora de momentos de lazer e descontracção. As refeições são, mais do que nunca, um acto social.
Deve salientar-se ainda, que numa altura em que o culto do corpo é uma preocupação crescente, todos os aspectos da alimentação devem ser abordados de forma idónea. É da responsabilidade do nutricionista utilizar os melhores meios de comunicação para desmistificar certas ideias e informar correctamente a população.